É engraçado notar como seletivamente, a imprensa pátria não se refere a Alvaro Uribe. Salvo por menções a visitas internacionais, não me recordo de outras situações em que seja mencionado. Em Salamanca, tenho por oportunidade conhecer um Colombiano, que sempre tem alguma coisa por contar de seu país, logo que começo a falar sobre o Brasil.

Bom, segundo ele, e não se precisa ir muito longe para constatar, Uribe é uma matador (“matón”, como chama), bom, isso está demonstrado no caso do futebol de cabeças. Bom, certo é que, assim como fez FHC, Uribe comprou a emenda que proporcionou sua reeleição. E foi devidamente denunciado no escandalo conhecido lá como yidispolítica.

A novidade da vez, é que novamente Uribe comprou o congresso, para se reeleger novamente, oras, era de se esperar… Normal… Mas ainda impressiona o modos operandi com que se faz certas coisas, e as declarações posteriores, de ministros e pessoas do alto escalão do governo… Dessa vez ele criou um fundo agrário, e deu dinheiro as pessoas para “promover la productividad y competitividad, reducir la desigualdad en el campo y preparar al sector agropecuario para enfrentar el reto de la internacionalización de la economía”.

Bom, ele tinha o problema de distribuir dinheiro, e o resolveu, o que me choca ainda é a desfaçatez com que se fazem as coisas, seu antigo ministro da agricultura disse que deu o dinheiro aos “camponeses” ricos pois dando o dinheiro aos ricos, eles podem criar empregos para os pobres (El ex ministro Arias salió con la idea, popular en medios de la nobleza antes de la Revolución Francesa, de que para beneficiar a los pobres se les debe regalar plata a los ricos.).

A afirmação me parece muito com a feita por Micheletti sobre o golpe que em Honduras foi perpetrado (em conceito, não em conteúdo, desculpas esfarrapadas para por as mãos no dinheiro do estado), segundo Micheletti, justifica o golpe o fato de Zelaya ter dado uma guinada a esquerda e isso o ter preocupado. Parece que a américa latina nem sempre precisará de ridículos tiranos, mas sempre os terá…

Entre eles uma imprensa que apoia um golpe militar, um presidente “matador” (desculpas pela piada infame), e bom… Outras cositas más…