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Saia as ruas "Gilmar Dantas". E não volte ao STF.

Bom, eu estou sem correio eletrônico, não exatamente sem, eu leio mas quase não respondo por não poder guardar as respostas como gosto, enfim, exentricidades… O fato mesmo, é que há algumas coisas que leio e que gostaria muito de compartilhalas com todos, familia e amigos. Bom, ainda não havia colocado no Blog nada que não fosse meu (mesmo porque tenho ganas de fazer um outro Blog mais sério para esses assuntos), mas como o tempo não para, tampouco as leituras, decidi colocar aqui um texto recebido pelo correio eletrônico.
Me foi enviado por Sidney, e vem lá de Fortaleza, não observei a veracidade da fonte, nem das informações, mas acredito que esteja correto, enfim… Não estando faço um juizo de retratação com Gilmar depois, aproveito pra divulgar (com meus 1 ou 2 leitores, ehehehe) o blog GILMAR DANTAS: “SAIA ÀS RUAS” E NÃO VOLTE AO STF, acredito que o texto em questão poderia tratar da vida de Gilmar Mendes tanto quanto o faz com a vida de Joaquim Barbosa, mas não seria um texto muito agradável se assim fosse…

“O “bate-boca” entre o presidente do STF, Gilmar Mendes (dono de uma biografia repleta de denúncias de corrupção) e o ministro Joaquim Barbosa (dono de uma biografia invejável) traz a necessidade de esclarecer quem é quem no Judiciário brasileiro.

Um ex-torneiro mecânico pernambucano indicou um ex-faxineiro mineiro para ocupar uma vaga entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal. O presidente Lula escolheu o doutor da Universidade da Sorbonne e procurador do Ministério Público Federal, Joaquim Benedito Barbosa Gomes, para ocupar uma vaga entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal. O jovem negro que cuidava da limpeza do Tribunal Regional Eleitoral de Brasília está prestes a chegar ao topo da carreira da Justiça após quatro décadas de vitórias contra desigualdades sociais e raciais.

A primeira foi em Paracatu, interior de Minas, onde nasceu numa família de sete irmãos, com a mãe dona-de-casa e o pai pedreiro e, mais tarde, dono de uma olaria. Lá, percebeu que só o estudo poderia mudar a sua história. Já aos 10 anos dividia o tempo entre o trabalho na microempresa da família e a escola. O saber era quase uma obsessão.

– Uma das piores lembranças da minha infância foi o ano em que fiquei longe da escola porque a diretora baixou uma norma cobrando mensalidade. No ano seguinte, a exigência caiu e voltei à sala de aula. Estudar era a minha vida e conhecer o mundo o meu sonho. Adorava aprender outras línguas – contou Joaquim Barbosa numa entrevista em agosto de 2002 para o projeto de um vídeo sobre a mobilidade social dos negros no Brasil.

O domínio de línguas estrangeiras foi a engrenagem para mobilidade social de Joaquim Barbosa. Aos 16 anos, deixou a família e a infância em Minas e foi atrás de emprego e educação em Brasília. Dividia o tempo entre os bancos escolares e a faxina no TRE do Distrito Federal. Um dia, o mineiro, na certeza da solidão, cantava uma canção em inglês enquanto limpava o banheiro do TRE. Naquele momento, um diretor do tribunal entrou e achou curioso uma pessoa da faxina ter fluência em outro idioma. A estranheza se transformou em admiração e, na prática, abriu caminho para outras funções. Primeiro como contínuo e, mais tarde, como compositor de máquina off set da gráfica do Correio Brasiliense. A conquista não sairia barato.

– Lembro de uma chefe que me humilhava na frente dos companheiros de trabalho e questionava minha capacidade. No início, foi difícil, mas acabei me estabilizando no emprego e mostrando o quanto era profissional.

A renda aumentou, mas ainda era pouca para ele e a família lá em Minas. Foi trabalhar também no Jornal de Brasília acumulando dois empregos e jornada de 12 horas. Mais tarde, trocou os dois por um. Foi para Gráfica do Senado trabalhar das 23h às 6h da manhã. Depois do trabalho, a Universidade de Brasília. O único aluno negro do curso de direito da UnB tinha que brigar contra o sono e a intolerância.

– Havia um professor que, ao me ver cochilando, me tirava da sala.

Joaquim Barbosa continuava sonhando acordado. Prestou prova para oficial da chancelaria do Itamaraty e passou. Trocou o bem remunerado emprego do Senado por um, que pagava bem menos. Mas o novo trabalho tinha uma vantagem incalculável: poder viajar para a Europa. Durante seis meses, conheceu países como Finlândia e Inglaterra. De volta ao Brasil, prestou concurso para carreira diplomática. Foi aprovado em todas as etapas e ficou na entrevista: a única na qual a cor de sua pele era identificada.

Após esse episódio, a consciência racial de Joaquim Barbosa, que começou a ser desenhada na adolescência, ganhou contornos mais fortes. Ganhou novas cores, quando, já como jurista do Serpro, conheceu o país, especialmente o Nordeste e, em particular, Salvador. Bahia foi uma paixão a primeira vista do mineiro. Foi lá onde Joaquim Barbosa teve um contato maior com o que ele chama de “Negritude”.

A percepção de ser minoria entre as elites ficou ainda mais nítida fora do país. O jurista explica que o sentimento de isolamento e solidão é muito forte num “ambiente branco” da Europa. Ser uma exceção aqui e no além mar ficou ainda mais forte após o doutorado na Universidade de Sorbonne. Nessa época já acumulava títulos pouco comuns para maioria das pessoas com a mesma cor de pele: Procurador do Ministério Público e professor universitário. Antes, já tinha passado pela assessoria jurídica do Ministério da Saúde.

O exercício de vencer barreira, de alguma forma, está em sua tese de doutorado, publicada em francês. O doutor explica que o seu objeto de estudo foi o direito público em diferentes países, como os EUA e a França.

– A minha  intenção foi ultrapassar limites geográficos, políticos e culturais. Quero um conhecimento que vá além da fronteiras dos países – disse.

“Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite”, reagiu Barbosa.

Gilmar Mendes foi nomeado para o Supremo Tribunal Federal pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. Na ocasião, em artigo publicado na Folha de São Paulo, o professor da Faculdade de Direito da USP, Dalmo Dallari, professor catedrático da UNESCO na cadeira Educação para a paz, Direitos Humanos e Democracia e Tolerância, declarou:

“Se essa indicação (de Gilmar Mendes) vier a ser aprovada pelo Senado, não há exagero em afirmar que estarão correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional. (…) o nome indicado está longe de preencher os requisitos necessários para que alguém seja membro da mais alta corte do país.”

O empresário Gilmar Mendes carrega em sua biografia a denúncia de que foi favorecido com “incentivo” do poder executivo para fundar, em 1998, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), uma escola privada que oferece cursos de graduação e pós-graduação em Brasília. Desde 2003, conforme consta das informações do “Portal da Transparência” da Controladoria Geral da União, esse Instituto faturou cerca de R$ 1,6 milhão em convênios com a União. De seus nove colegas no STF, seis são professores desse Instituto, além de outras figuras importantes nos poderes executivo e judiciário (não é à toa que ele contou com tanta “solidariedade” no episódio que envolveu a discussão com o ministro Joaquim Barbosa). O Instituto se localiza em terreno adquirido com 80% de desconto no seu valor graças a um programa do Distrito Federal de incentivo ao desenvolvimento do setor produtivo. O subsecretário do programa, Endels Rego, não sabe
explicar como o IDP foi enquadrado no programa. O belíssimo prédio do Instituto foi erguido graças a um empréstimo conseguido junto ao Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO), gerido pelo Banco do Brasil, cuja prioridade de investimento é o meio rural. Entre os seus maiores clientes estão a União, o STJ e o Congresso Nacional.

Dr. Eduardo Diatahy B. de Menezes
Professor Emérito da Universidade Federal do Ceará
Professor Titular do Doutorado e Mestrado em Sociologia – UFC”

O encantador de tabelas.

Resolvi voltar a jogar basquete… O motivo é simples, aqui há muitas quadras disponíveis, e segurança suficiente para que se ir a qualquer lugar e voltar com a certeza absoluta de estar vivo nesse meio tempo. Também é muito chato ficar sempre recebendo ligações de Michael Jordan pedindo pra ensinar as técnicas de Lênio de “encantar as tabelas”! O certo é que estou aplicando as técnicas aqui, encanto não só as tabelas, mas a câmera, Thiago que começou a jogar e até mesmo o sol, então não se espantem no Brasil quando virem minhas fotos ao lado de Pau Gasol!!!

Notem que os jogadores bons jogam no lado da quadra que tem sombra! Os bons, e os que vestem camisa da Argentina (nota especial para a bola combinando com a camisa, e nota oculta pro meu joelho que dói e já não me permite mais fazer tabelas, só no máximo uns jumps de pertinho)! No mais, a quantidade de fotos diz respeito a importância do tema. =)

Encantando as tabelas

Encantando as tabelas

PS: Essas fotos são da pré-história já, no momento minha carreira na NBA está paralizada em virtude dos trabalhos acadêmicos em demasia. E Este é mais um tópico coringa pra não deixar o blog as moscas!!! =)

5º Festival Internacional de Las Artes de Castilla y León. Ciclo de Cine Brasileño. E a tristeza.

5º Festival Internacional de las Artes de Castilla y León.
5º Festival Internacional de las Artes de Castilla y León.

Bom, depois de um tempão fazendo trabalhos (ainda os estou fazendo, só dei um tempinho para escrever aqui pra que não fique tão as moscas), e duas semanas depois do final da 29ª Feira dos Livros de Salamanca, acontece o 5º Festival Internacional de las Artes de Castilla y León, que vai ate o dia 13 de junho… Bom, pra mim foi um ÓTIMO substituto do São João (afinal não é todo dia que se troca Gaviões do Forró por um Festival de Artes sério), mesmo com o tempo apertado com certeza vou procurar uns espaços para conferir alguns espetáculos de rua. Bom, ao mesmo tempo que começa o festival de artes, começa também uma mostra de cinema… Brasileiro… Numa cidade de duzentos mil habitantes perdida no meio da Espanha… O ciclo de cine Brasileño vai exibir, pasmem, Vidas Secas, Deus e o Diabo na Terra do Sol, Pixote a Lei do mais Fraco, Terra Extrangeira, Rádio Favela e Estomago. E finalmente a tristeza, não bastasse ter que escutar as músicas brasileiras tipo exportação, agora também tenho que ver cinema brasileiro tipo exportação. Como assim Vidas Secas? Sertão brasileiro?? Como assim eu tenho que sair do Brasil pra ver o filme sendo exibido?? Eu sai dali!!!

Bom, alguns eu já vi, outros não, de qualquer forma espero poder conferir todos (Vidas Secas não, pois já foi exibido), pra ver as reações, que é o mais interessante. Mas não deixa de ser uma tristeza ver Deus e o Diabo na Terra do Sol aqui no cinema, e no Brasil ficar entre desenhos, super herois e comédias românticas pra dar lucro aos americanos. Fica a impressão que os espanhóis gostam mais da música brasileira e do cinema brasileiro, que os próprios brasileiros… Uma tristeza.

PS: Adoro os desenhos e os super heróis (o que já não pode ser dito das comédias românticas), isso é uma mostra de cinema, aqui também são exibidos os blockbusters. A indignação fica apenas por conta de não haver coisa semelhante no nordeste, em Recife??? Pô, Vidas Secas… Acho que mesmo se tivesse em tempo ainda, não iria, me recuso. Esse eu ia faltar.

Nasceu!!!

Nasceu a primeira filha de Ricardo (meu irmão) e Márcia (minha cunhada), primeira neta de meus pais. Ontem dia 17 de maio de 2009. Dia em que se encerrou a 29ª feira do livro de Salamanca. No Brasil devem estar todos juntos no hospital babando a primeira filha / sobrinha / neta. Fiz este vídeo na feira, um teatro de bonequinhos bem legal que estava tendo, me lembrei dos meninos, bom, me lembrei de todos, mas seguramente só quem vai gostar do vídeo é Pêpê, e agora, Clara, se realmente Ricardo e Márcia já tiverem se decidido pelo nome.

Alguem ai tem idéia de como agradar uma sobrinha? Porque agora fiquei meio perdido na história do Brasil… =)

A oposição burra, e o governo Robin Hood.

Bom, ontem conversando, vi que o problema da caderneta de poupança era mais sério ai no Brasil do que eu dei atenção, de longe, o que se nota mais, é a tentativa desesperada do PiG* de desqualificar Lula, que é MUITO bem visto, tanto pelos espanhois (como já falei aqui), como pelo pessoal do resto da América Latina que conheci, todos querem Lula. Menos, é claro, os brasileiros mais ricos (aqueles com o fraco discurso da elite) que por aqui estudam. Não que os ricos sejam burros (hihihihi), ou eu tenha a pretensão de querer dar uma de inteligente, mas ainda não encontrei alguém mais afortunado com quem desse pra conversar por aqui. Parafraseando Alberto Ramos, “…estas nossas autodenominadas “elites”, com o nível cultural que têm, devem pensar que Stradivarius é um tipo de massa italiana e que o Stenway é uma marca de cerveja alemã.

O certo é que não entendo muito de política, e antes menos ainda, mas é tudo um joguetezinho, o PT quando era oposição tinha umas posições bem coerentes, pelo menos de acordo com o que me lembro nunca discordei por muito, e a aura de partido “limpo” (bem, essa caiu bem cedo depois que o partido virou situação como todos sabem né).

Bom, ai voltamos a oposição, e aqui eu sou obrigado a copiar do Acerto de Contas um trecho de post sobre o assunto, pois não sou economista, mas a leitura talvez seja essencial para o bom entendimento do post:
um ajuste é necessário hoje para possibilitar uma queda maior na taxa de juros básica da economia, a Selic (atualmente, em 10,25%). É por essa taxa que o governo remunera os investidores que compram título público (ou seja, quem empresta ao governo). Se a poupança render mais que os títulos oficiais, claro que todo mundo corre para poupança. E o governo quebra.


A proposta dos técnicos do governo era mudar a regra da poupança para que fosse remunerada em 65% da Selic e acabar com o rendimento mínimo de 6,17%. Mas a oposição caiu de pau, associando a medida ao confisco de Collor.

Ai está o joguete, a explicação, a oposição burra, não deixou o governo tomar a medida certa e cabível. Ora, talvez nem fosse objetivo do governo tomar a medida certa, o que fica claro, é que eles tentaram, a oposição negou, e o governo taxou as cadernetas de poupança acima de R$ 50 Mil, e diminuiu o Imposto de Renda sobre as aplicações em títulos, a maioria vinculados à Selic. Então, o governo deu uma de Robin Hood, agradou gregos e troianos, agradou quem queria que eles fizessem o certo (pois ficam com o discurso “nós tentamos”), agradou o povão que os elege (pois fica o “tomamos só dos ricos”). A oposição, bom a oposição talvez tenha agradado as elites, que não entendem o que aconteceu, e não estão interessadas nos erros crassos que essa oposição comete, e que vão pagar pelo erro. Jogada de mestre.

Como foi dito no primeiro mandato de Lula, faltava ver se os partidos da situação iriam aprender a ser oposição, parece que ainda não aprenderam. E nesse caminho continuarão oposição por um bom tempo. Não porque o governo é o melhor, mas porque a oposição é MUITO pior…

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*PiG (segundo Paulo Henrique Amorim) – Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Tarantino é meu rei e nada me faltará.

Cara, discutindo cinema nas mesas em Campina, sempre, mas sempre, que se falava em cinema, surgia Tarantino. Claro, não Tarantino em si. A grande questão era Pulp Fiction (que pra mim participou do ultimo oscar realmente bom). Bom, sempre defendi, o filme e Tarantino, de lá pra cá, assisti a alguns outros filmes dele, bom, não todos os filmes, mas alguns filmes, e sempre achei todos muito bons. Caraca, qual não é minha surpresa quando encontro esse curta com Seu Jorge e Selton Melo, não tenho maiores informações sobre o curta, mas mostra o gênio do cara. Meu GÊNIO. GÊNIO. Cara… Sem condições. Pra quem quiser saber, vai o código que o Tarantino criou, explicado  pelo Selton Melo. E para esse post, todos os comentários são poucos!!! =)))

O lixo!!

Claro que foi proposital falar do lixo depois de falar dos centros comerciais!!!! =)
Bom, há duas coisas aqui em todas, ou quase todas as ruas, sempre há mercadinhos (as vezes dois ou tres, de diferentes redes) e lixeiras.

As Lixeiras podem ser separadas, para reciclegem, azuis para papel, amarelas para plástico e verdes para vidro. Ou únicas para tudo, as cinzas. Voçê recolhe o lixo em casa, decidindo assim se vai ou não fazer a coleta seletiva. De qualquer modo, sempre há uma seleção (mesmo que voçê não a faça), pois a grande maioria do lixo aqui é reciclado.

Bom, é legal… Para  isso acredito eu que deva haver uma educação desde cedo, conscientizando cada um a tomar conta de seu próprio lixo. Se funciona ou não, aliás, se existe ou não, e se funciona ou não, fica a cargo deles aqui.

Eu achei bem bacana. Tanto não ter que usar um carro para ir fazer compras, como tomar conta do próprio lixo. Como não há zeladores (escravos) na grande maioria dos prédios (todos os prédios??), todo mundo é forçado a sair de casa, e exibir seus respectivos lixos por ai!! =)) Será que dá realmente pra conhecer alguem pelo lixo?

Lixeiras

Lixeiras

Os Shopping Centers…

Bom, os centros comerciais, como são chamados aqui, são diferentes (claro né dãã!!!), em Salamanca, depois de ter passado rapidamente por Braga e Vigo, vi um que se assemelha mais aos que conhecemos no Brasil, no entanto há uma rede, El Corte Inglés, parecido com o que seria a rede Iguatemi no Brasil, o de Salamanca está sendo construído.

É diferente porque se anda na rua, então por exemplo, cinemas, ainda há cinemas na rua, com muitas salas claro (não me animei a ir em cinemas aqui pois todos os filmes são dublados em espanhol, assim como tudo mais, fazendo assim com que os espanhois sejam os mais monolíngües da União Européia), os cinemas das ruas, se adaptaram a essa história das salas de cinema, mas de forma geral, se anda. Então podendo ir ao “centro”, saindo de casa, andando, ou a qualquer outro lugar, não é necessário ir ao shopping center, ou centro comercial, com o objetivo de fazer coisas que antigamente  fazia-se nas ruas, e não mais se faz por falta de segurança.

De forma que, nos shoppings brasileiros, há tudo, cinemas, roupas, brinquedos, comida, e se vai ao shopping como em busca de um espaço seguro para passar um tempo que antes, mesmo no Brasil, se passava na rua. E os shoppings a isso se propõe. Ocupar esse espaço na vida social, provendo um espaço comum com segurança suficiente para aqueles que em seu ambiente vão procurar qualquer coisa. Dando largos espaços de caminhada, e opções de lazer.

Aqui não, no El Corte Inglés mesmo (segundo Laerte, não cheguei a entrar em um), os espaços de caminhada são mais estreitos e há mais lojas específicas (roupas), sem espaço de lazer, geralmente quem vai, vai já sabendo o que se quer e não passar o tempo que poderia passar no parque por exemplo. As calçadas aqui são bem largas e há muita gente nas ruas, de forma que se fazem coisas bem diferentes, no Brasil shoppings com largos espaços de andar, e espaços de lazer, aqui espaços mais estreitos, sem lazer. Claro, há exceções, e são muitas, e na verdade não sei se essa é a regra aqui, ou a exeção, mas não deixa de ser interessante. E eu adoro andar, sempre gostei, abaixo a ditadura dos carros!! =)

Orgulho de ser Nordestino.

Bom, algum tempo atrás (quase quando cheguei na realidade), fui a apresentação de um professor do curso de Belas Artes daqui, amigo de Aureci, que na verdade é amiga de quase todo mundo na cidade, e foi muito boa a apresentação. Bom, eu gosto de sair, para conversar sentado nas mesas por ai é uma boa, ou até ficar em casa mesmo, pois o mais importante é a conversa afinal, escutando uma boa música, tanto melhor… Bom, então nem precisa dizer que quase nunca escutava boa música quando saia pra conversar, há não ser nas minhas andanças com Rodrigo, onde conheci seu primo, Dedé, que toca tudo de Vinicius de Moraes, e Chico Buarque, e mais muitos outros, e Demetrius, que sabe muito bem até as músicas das quais gosto, e por ultimo, ir a minha casa escutar música no computador… Fora essas situações era muito difícil, infelizmente, escutar algo que se aproveitasse… Não que não tenha, pois se tem, e muito!

Bom, espantado, escutei o professor cantar, voz e violão, no melhor estilo barzinho do Brasil, não, não era uma grande produção musical, era apenas um simples voz e violão, mas enfim, cantar músicas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, e Carlos Lyra, num português que ele se esforçava muito pra pronunciar, mas conseguia uma pronuncia quase perfeita. Pensei, pois tive que sair do Brasil, para escutar boa música brasileira, (que não fosse tocada por alguem do círculo de amizades, ou pelo computador lógico)… Ele tocou músicas de muitos paises claro, não só do Brasil, de outros paises aqui perto e também vizinhos latinos.

Então não precisa nem dizer que toda essa história de adesivos e blá blá blá, “Orgulho de ser Nordestino” ou “Orgulho de ser Brasileiro” e quaiquer tipos desses orgulhos em adesivos, bom, são uma balela sem tamanho, nem no São João, onde sou forçado a escutar todo  um sortilégio de forrós eletrônicos, por morar vizinho ao Parque do Povo, escuto muito dificilmente uma música de Jackson do Pandeiro ou de Luiz Gonzaga (nem regravada)… Isso pra falar do “São João”, orgulho de Campina Grande e de muitos que usam tal adesivo.  Escutar uma música de Carlos Lyra… Humpfff, pelo menos no São João sempre há a esperança de Gonzagão e Jackson, para Carlos Lyra não tem esperança mesmo.

Cheguei a conclusão, que, talvez, os espanhóis daqui, tenham mais orgulho de ser nordestino, que os nordestinos dai… Mas como dizem, o que há de bom no Brasil, é exportado, jogadores, frutas, e até músicas exportação, enquanto no Brasil explodem as duplas sertanejas, aqui eles tocam Carlos Lyra, Gonzagão e Jackson do Pandeiro, música tipo exportação!!!

PS: Claro que o “Orgulho de ser …” é uma balela não só por causa da música, a música foi apenas o exemplo usado nesse pequeno post, como num bom papo de boteco… =)

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