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Fugir da televisão é possível.

Na abertura do 25º Congresso Brasileiro de Rádiodifusão, no dia 19 de maio desse ano, o ministro das telecomunicações, Hélio Costa, recomendou:
“Essa juventude tem que parar de só ficar pendurada na internet. Tem que assistir mais rádio e televisão”
Pessoalmente eu não gosto de televisão, pensava que  poderia ser alguma chatice contra a televisão brasileira, não é. Depois que cheguei aqui vi muito pouca televisão, não me faz falta alguma, me mantenho atualizado pela internet, antes lia os jornais online, e mesmo estes fui parando de ler. Agora tento me manter atualizado pelos blogs um tanto quanto especializados, ou de especialistas.

Durante anos foram estudados os efeitos maléficos da televisão, a visão, ao desenvolvimento pessoal, enfim, para que no final chegue o ministro e diga que se deve voltar a fazer o mesmo, claro que a tecnologia mudou, as TV´s de tubo estão saindo do mercado e etc… Mas parece que na mesma proporção a programação piorou, em todos os lugares, programas de fofoca dominam a programação televisiva. Além do que, ver televisão e escutar rádio já é uma coisa que se pode fazer comumente pela internet tambem.

E não ver televisão não quer dizer que não goste de obras de audiovisual, assisto muitas, Lost, Heroes, House, tudo quanto é de bobagem que possa haver. E não preciso da televisão, no computador faço meu horário, vejo quando quero, ótimo!!
A televisão perde cada vez mais espaço, assim como toda mídia que tenta medir forças com a internet. Primeiro foi a indústria musical, depois a cinematográfica, jornais impressos, televisão. Todas são atingidas em cheio e precisam se reinventar, o que é uma coisa muito difícil, já que, a própria internet se reinventa numa velocidade impressionante, e os dinossauros da mídia simplismente não conseguem. É muito rápido, acredito que daqui a uma ou mais gerações, quando os profissionais de internet se infiltrarem na velha mídia, se consiga fazer algo quanto a essa reinvenção, até lá vai ser só esperneio.
Mas é muito interessante ver a internet começando a tomar espaço da televisão de outras formas. Há televisão pela internet já, e não é retransmissão, é produção própria, feita por profissionais e entusiastas, que com o tempo devem concorrer diretamente com a programação televisiva, por enquanto ainda é coisa meio anônima, e talvez por isso estão todos tão tranquilos em produzir. Há seriados pela internet muito bem feitos, com suas limitações técnicas e orçamentárias, mas que dão resultado final excelente, principalmente se comparados com qualquer programação televisiva vespertina, do Brasil ou da Espanha.
Claro, no Brasil, o pouco que conheço, é feito por gente mais profissional, empreendedora. Aqui o tambem pouco que conheço, é feito por jovens estudantes, tambem empreendedores, mas menos profissionais, os resultados, bom os resultados ficam a julgo de cada um. Vão alguns links de series online de qualidade, que voçê pode ver, de graça, no horário que quiser, onde estiver (e houver um computador disponível claro).
Flying Kebab – Série Brasileira do Enxame TV.
Enxame TV – Praticamente um canal de televisão com vários programas online, brasileiro. Bom, vale dizer que alguns dos mais acessados blogs nacionais tem canais no enxame.tv, se é uma tendência ou não, não sei, mas alguns são bem bacanas e valem uma conferida.
Pendiente de Título – Série online de comédia, espanhola.
Pigmalion – Série online de aventura, espanhola.
É coisa boa que começa a ser feita. Depois da indústria fonográfica, cinematográfica, e impressa, se preparem pra ver a televisiva espernear… Nas cenas do próximo capítulo.

Vida inteligente em Brasília.

Navegando ao acaso, vejo que o Blog do DCE da UnB (normalmente não leio comentários, mas o primeiro comentário ao post do DCE está bem), emitiu uma nota de repúdio a uma ação proposta contra o sistema de cotas lá implantado, por raças. Não concordo com sistema de cotas por raça no Brasil, por acreditar que somos todos da mesma raça, com a diferença de uns serem mais claros e outros mais escuros, a despeito disso, é notável que os mais escuros são menos tudo na escala social existente hoje (podem ser mais tambem, mais discriminados, mais encarcerados, nesses casos, como em outros, são mais), como notável tambem é que os poucos que há em nível social mais elevado são exeções, que confirmam a regra. De forma que tambem não discordo da cota racial, apenas acredito que a cota social seja mais justa.
A começar por cima, há gente que trabalha no Brasil, uma das execeções é o único ministro do supremo tribunal federal (em minúsculas mesmo) negro, Joaquim Barbosa, ele faz o trabalho dele, julga, com isenção, isso incomoda. Incomoda muita gente, que enuncia seu nome pelas mais variadas alcunhas depreciativas existentes. Negro pode, deixar de vender-se não. É notável que se dê preferência a outros ministros do supremo no julgamento de causas “perdidas”, quando a justiça deveria correr em sentido oposto, se tenho direito quero o melhor julgador, não?
Como notável tambem é, que, ao conversar com pessoas daqui* e elas ouvirem falar, por qualquer interlocutor que seja tambem brasileiro, que não são todos os juizes (e/ou funcionários públicos???) que são assim (que roubam, mais explicitamente falando), as pessoas se impressionam: “- Mas nenhum deles deveria roubar?!”.  Mais impressionados ainda, ficam ao saber que um juiz (tambem em minúsculas) no Brasil percebe por mês a bagatela de 7 ou 8 mil euros, salário aqui referente ao chefe de governo, um operário normal pode chegar a receber aqui o mesmo salário de um juiz, com a única diferença que trabalhe bem mais tempo que este para que consiga a mesma quantia. Impressionar-se é importante, continua sendo, correr atrás do certo e fazer o que é certo, para poder cobrar o que é certo.
Sobre a questão racial, melhor que eu, fala Chico Buarque. Sobre ser contra cotas e querer-se melhorar o ensino básico no Brasil, quem quiser pode dar aulas no primário de escolas públicas no Brasil ou então parar com o discurso demagogo. Não que seja um trabalho indigno, muito pelo contrário, mas eu não quero, assim como todos que enunciam o discurso acima,  e se quisessem realmente fazer algo não haveriam tantos advogados, médicos, etc, etc, etc por ai. Que permaneçam as cotas, e sejam reclamadas por aqueles que delas necessitem (ou não).

* – Nota especial que aqui tambem não é o paraíso, mas em 2001 Mário Conde, (banqueiro, como um certo brasileiro) foi condenado a 14 (QUATORZE) anos de prisão, a devolver 7200 milhões de pesetas (43 milhões de euros) ao banco onde trabalhava e sua fiança foi fixada em 500 milhões de pesetas (3 milhões de euros), uma pena que no Brasil um banqueiro condenado com provas contundentes em seu desfavor, seja chamado de brilhante por um ex-presidente da república (que chama uma pessoa de conduta duvidosa de corajoso e um ínclito delegado de amalucado), e o delegado que o investigou seja perseguido, assim como tambem o é, o juiz que julgou o caso em primeira instãncia.

Um pouquinho de Tim Burton.

Bom, em 1989 estava eu indo ao cinema assistir tranquilamente ao filme de um de meus super hérois prediletos, o Batman. Em 1992 novamente aos cinemas, Batman Returns. Pouco antes disso, em 1988, havia visto Beetle Juice, do qual não entendi muita coisa, e não me lembro muito bem, eram então muitos filmes com Michael Keaton.

Em 1992 saia Edward Mãos de tesoura, e começava uma parceria com Johnny Deep, em 1994 Ed Wood, em 1996 Marte Ataca, em 1999 A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, em 2001 o Planeta dos Macacos, em 2003 um dos melhores, Peixe Grande e outras Histórias, em 2005 Noiva Cadáver.

Desde 1989, quase sem querer, vi a grande maioria do que foi filmado por Tim Burton, claro que ele fez mais coisas, A Fantástica Fábrica de Chocolate, Sweeney Todd, esses ai de cima foram os que vi… E gostava, ora bolas, Batman estava muito bem sombrio nos dois primeiros filmes da série, tal qual está no “Cavaleiro das Trevas” e voltou a ser agora, ainda mais com Jack Nicholson como Coringa, burrice foi ter matado ele ainda no primeiro filme.

Bom, fico impressionado de como tem em seus filmes um estilo diferente que ele consegue passar independente do gênero de filme que faça, normal dos bons não?? Não sei, de qualquer forma, está rodando agora Alice no País das Maravilhas, o teaser trailer está ai, e novamente, parece se superar, ele e Johnny Deep tambem, como o Chapeleiro Louco. Genial.

MANDA na brasa José Serra!!!

Tenho pelo menos um sobrinho que vai tentar entrar pra faculdade pública agora, e de agora em diante, todos os outros, encarrilhados, vão trilhar esses caminhos universitários. A universidade é bacana, tenho propriedade pra falar do assunto pois passei por várias, e pratiquei os mais variados estudos, acadêmicos ou não, enquanto nelas estive.

Bom, fiquei surpreso ao ver o que aconteceu em São Paulo, onde o governador do estado, pretenso candidato a presidência da república, soltou a polícia em cima dos alunos. Seja lá pelo motivo que tenha achado plausível. Não me estenderei muito acerca do tema, pois acho que alguns minutos de vídeo são mais que suficientes para demonstrar o perfil do pretenso candidato. Apenas direi que havia no Brasil não há muito tempo atrás alguns governantes que soltavam a polícia em cima dos alunos, eram chamados ditadores… E bom, talvez se tivessem soltado a polícia em mim, eu ainda estivesse na universidade, talvez tivesse saido mais rápido, com certeza teria ficado com medo, e com certeza, não quero que soltem a polícia em cima de meus sobrinhos.

Manuela, a parte real da viagem.

Bom, apesar da viagem ter sido feita toda as pressas, e de todas as etapas terem sido meio assim, quase música, quase teatro, enfim…
Manuela foi a grata surpresa, bom, tenho uma sobrinhazinha nova, Clara. Que ainda não vi, e Manuela, que já cresce fazendo Laerte de bobo, veja só, Laerte já pensa que ela é alvi rubra… Treze Futebol Clube… Nem precisou chegar aos 15 anos pra ela começar a fazê-lo de gato e sapato, vê-se pela alegria dela, que afinal de contas ela torçe mesmo é pra Argentina, nota especial pro sorriso mais gostoso que ela deu desde que chegou aqui no mundo ao ver a camisa branca e azul bebê…

Manuela

Manuela

Quase uma viagem, ou uma "quase viagem"?

Semana passada foi uma semana atípica. Segunda-feira, aniversário de Newton, um catarinense que conhecemos aqui andando pelo comedor, amigo de um Pernambucano, chamado Ranngner… Tudo muito estranho não?! Terça-feira, aniversário da delegada Aureci… Entre coisas e coisas a aprontar, aniversários…
Eis que na quarta-feira, Thiago chega com a novidade, ganhei ingressos para o show do U2!!!! Pois muito bem, quando é o show? Amanhã! Que massa!!! Onde vai ser? Hummm… Em Barcelona…

Tinhamos ingressos suficientes para os três, Sabrinna tambem iria, e ainda sobrava o ingresso de Manuela, que não podia ir por ter somente um mês de vida, ou Carmen, que não podia ir por ter que cuidar de Manuela, ou ainda Laerte, agora o último na fila da “moral em casa”, que tambem não podia por não estar em Barcelona no dia do espetáculo. Bom, ganhamos ingressos grátis para o show, que não haveriam de ser desperdiçados, porém, sempre tem um porém, teríamos que atravessar meia Espanha para poder usá-los.

Descobrimos um ônibus que saia na quarta a noite e chegava em Barcelona quinta pela manhã, que além de ser uma das únicas opções, tambem era a mais barata. Inviabilizou a minha idéia inicial que era sair pegando todo tipo de transporte e sair madrugada adentro viajando de trem pra ônibus e de ônibus pra trem, de cidade em cidade até chegar em Barcelona numa viagem muito maluca mas bem divertida, mas enfim… Ninguem pode ter tudo.

Finalmente quinta-feira, Barcelona, madrugada, o povo dormindo na rodoviária por algum motivo que desconheço, vamos andar, igreja da sagrada família, praça da igreja, praça de Gaudi, teatro nacional da Catalunha, e eu já adquiri a “coisa” castelhana de não gostar dos bascos e catalães, lembro-me do sul brasileiro e sua mania ridícula de querer ser melhor que o resto do país, não por acaso não tenho vontade de ir lá por ter coisa melhor para fazer com meu pouco dinheiro, coisa semelhante escutei dos castelhanos sobre a catalunha, e País Basco.

Chegamos a casa de Laerte, que havia acabado de se mudar, e fomos procurar guarida, que encontramos numa pensão de uma brasileira, enfim, hora do show que impressiona, não tanto pelas músicas, algumas que eles tocam há mais de vinte anos, e que já não tocam com a mesma disposição (normal, depois de tanto tempo), aproveitando que falo das músicas, não tocaram minhas duas favoritas os filhos duma égua irlandeses traidores da causa como disse Andrei, e nem são músicas tão antigas, na linha de tempo foi há dois albuns atrás, mas impressiona tanto mais pelos efeitos especiais, a começar pelo palco, realmente tudo muito impressionante, até o povo, que não bebe no show, e eu pensando que ia tomar uma grande, saimos e fomos pegar o metrô em direção a casa.

Sexta-feira, depois de acordarmos ao meio dia, fomos fazer turismo claro, e depois ao montjuic, cheio de museus, e nós sem tempo de vê-los, pois compramos entradas para ver a Bela e a Fera, da Di$ney, montado por alguma companhia da Broadway, ora, num dia “quase música”, no outro, “quase teatro”, era uma “quase viagem”? Depois fomos a casa de Laerte e logo a uma praça muito agradável, e ficamos conversando sobre a vida regada a cerveja vendida pelos trabalhadores autônomos locais, muito agradável, até chegar a polícia nos expulsando. =))

Bom, chega sábado e último dia de viagem, fomos a casa de Gaudi, que fica num lugar muito bonito, fomos ver o calango de mosaico de Gaudi, e quase vamos ao primeiro espatáculo realmente válido da viagem, O Lago dos Cisnes executado pelo Ballet Imperial Russo. Iamos, nos atrasamos, e não chegamos a tempo, Sabrinna acabou ficando para conferir a outra sessão, nós voltamos para casa de Laerte e ficamos a conversar e velar o sono sagrado de Manuela durante o nosso resto de tempo em Barcelona, uma das melhores partes da viagem pra mim.

Abaixo alguns angulos pouco explorados da cidade, em viagens do gênero.

Moradias vistas por tras.

Amanhecer.

Trabalhadores autônomos locais.

Trabalhadores autônomos locais.

Habitante da catalunha.

Habitante da catalunha.

A verdade sobre os Casamentos.

Depois de alguns puxões de orelha, reclamações quase nativas(e muito atraso). Venho através deste post me retratar de meu romantismo e dizer a verdade sobre os casamentos, bom, na verdade, as pessoas se casam nessa época, pois tem férias (as férias de verão aqui são no meio do ano, e o ano letivo escolar começa em setembro, de forma que esse é o maior período de férias no ano e pode-se chamar os amigos para o casório), faz bom tempo, e tambem (mas acho que isso nem importa muito) porque alguns conseguem fazer uma manobra qualquer com o imposto de renda para pagar menos imposto casando-se nessa época.

Esse foi o ponto mais controverso do post anterior, afinal ninguem queria se casar no meio do ano por causa dos celtas, e talvez os celtas tambem tenham se casado pelo bom tempo, enfim… Acabando de vez com meu romantismo infantil, o povo se casa nessa época pra salvar alguma grana no meio do ano! =)

O solstício de verão, os casamentos e os dias mais longos.

O povo da Espanha não se casa. Bom, pelo menos essa geração de agora, Laerte, casado com Carmen, que tem mais um casal de amigos casados (aqui na Espanha), algo aconteceu desde a geração dos avós destes que aqui estão, que tinham muitos filhos, como no Brasil, os pais, que tiveram bem menos filhos, mas ainda mantinham a tradição de família, com pelo menos um ou dois filhos, como talvez seja no Brasil hoje (dados para classes sociais mais abastadas)… Porém, esses dois filhos, não se casaram, e, ao que parece, tambem não pretendem fazê-lo. Mesmo em unidades familiares anteriores, que seriam os pais esta geração, há episódios de casais sem filhos.

Lógico que, apesar disso, desde que cheguei aqui em Salamanca, com suas igrejas enormes e igrejas dentro de igrejas, esperava ver algumas festas de boda (como eles chamam a festa de casamento), estranhamente vi poucas, na verdade apenas uma, em todo tempo que estive aqui, a vi quando saia da biblioteca municipal (Casa das Conchas), na bela igreja que há na frente.

Estranhamente,  por esses dias, chegando o verão daqui e suas temperaturas de 40º, e com a proximidade do solstício de verão e seus dias estranhamente mais largos, com  anoitecer as dez ou mais da noite, vejo bodas quase todos os dias, nos mais variados locais da cidade, e por curiosidade acabei descobrindo que por tradições celtas, e/ou de quaisquer outros povos que por aqui estiveram, as bodas continuam acontecendo nas mesmas ocasiões que há tempos atrás.

O solstício de verão, marca por aqui o começo do verão, e que por mais que se fale, não se consegue passar a verdadeira dimensão da coisa, pra nós que estamos acostumados ao anoitecer de seis da tarde e ao amanhecer ás seis da manhã, é muito difícil falar sobre o anoitecer de dez ou onze horas da noite. E o começo do verão trazia a festa do calor celta, festa onde se acendiam fogueiras em pontos centrais ou importantes do vilarejo, ou da festividade, para proteger os cultivos que então cresciam. Entoando canções rituais, cheias de alegria, e dançando ao redor da fogueira. Uma festa eminentemente pagã, o nome da festa? Festa de Litha, Alba Heruim, ou como a igreja católica decidiu nomear, noite de São João, nem as datas se deram ao trabalho de mudar, são as mesmas aqui e ai, apesar do nosso verão ser em janeiro, e comemoramos a festa do verão, no INVERNO, hehehehehehe!!!!! Quando li, sabia que conhecia essas paradas de dançar em volta de fogueira cantando músicas de algum lugar… Comemoramos uma festa celta!!! hehehehehe

Os casamentos supersticiosos acontecem nessa data porque o casamento nos dias do sol, há de trazer saúde, alegria e abundância para os conjuges. Domingo, como dia do sol oficial, tambem está na lista, assim como a segunda (Lunes, dia da lua, pois quem se casa no dia da lua tem fertilidade e abundância tambem) e sexta (Viernes, dia de Venus, deusa da beleza e do amor, que trará carinho ao matrimônio). Pra ver que superstições há em todo canto, as daqui não são melhores, nem piores, são apenas diferentes. A piada mesmo, fica por conta de nós festejarmos uma festa celta na data errada e ainda chamarmos de “nossa” tradição e cultura… Tradicional a nossa festa se tornou, cultural, já não se pode discorrer muito sobre… Enfim, de nossa, não tem muita coisa.

De qualquer forma, viva o solstício de verão, e feliz São João pra todo mundo! =)

Os barulhos, os mp3 players e o onipresente Ipod.

Bom, uma das primeiras impressões de Andrei por aqui, foi sobre os barulhos… Bom, nesta época ainda estava no Brasil, e não tinha muita noção do que se tratava, imaginava, mas nada além disso. Depois se tornou uma constatação.

A esse respeito, e gostando muito de informática e afins, observei tambem, que a falta de “…carrocinhas de forró eletrónico, …, vizinhos que ouvem som alto desde cedo, …”, enfim, a falta de gente com sons em carro e carrocinhas sempre passando dispostas a vender alguns discos pirateados (aqui tambem tem pirataria e sons em carro, com a diferença que não se “abre a mala pra soltar o som” que eu tenha visto, em hora nenhuma), bom isso não faz com que as pessoas escutem menos músicas. Pelo contrário, acho até que se escuta mais música aqui por estas bandas, todos, ou quase todos, ou ainda aqueles que querem, andam escutando músicas, em celulares, e em mp3 players, com certeza, cada um com sua seleção preferida, sem incomodar ninguém.

Então, se todos andam escutando músicas individualmente, com certeza se escuta mais música aqui que em qualquer outro lugar por onde estive, e incrivelmente, dentre os mp3 players que mais vejo, pasmo quando constato que, o que mais há são Ipods, o modelo é o nano, que nas versões atuais de 8Gb e 16Gb custam 139€ e 189€ respectivamente. Um mp3 player comum, de 8Gb custa em torno de 40€ no máximo por aqui. Hora, o Ipod custa 100€ a mais que um mp3 player comum… Bom, não sei como se faz mágica, mas certamente Steve Jobs sabe. O Ipod é travado, só funciona com programas da Apple, faz de tudo pra inviabilizar a pirataria, tem tudo pra ser um fracasso de vendas, e é o que mais há nas ruas, o nano é um sucesso, e as músicas tambem, cada um com a sua preferida.

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