Categoria: Família, família, Papai, mamãe, titia…

Uma poesia, uma homenagem…

Outro dia, via Facebook, Rodrigo Franlkin (hoje mais conhecido como Rodrigo de Sousa, para os desavisados) propôs um desafio a quatro pessoas para que fizessem a postagem de um poema diário, durante quatro dias.

Mas eu não queria só compartilhar, eu queria escrever, e não queria só escrever, queria oferecer… Então tinha um problema, que era:

“-Porra, eu vou escrever no Facebook tendo um Blog?”

Mas enfim… Tentei, escolhi pessoas, escrevi em inglês, refiz… E não ficava satisfeito. Por mais que o Facebook tenha nossas informações, as coisas que compartilhamos ali desaparecem de tal maneira que esses avisos sobre coisas que você fez há um ano são todos surpresa, são recordadas com espanto. Então decidi vir pro blog mesmo, escrevo a vontade e terei guardado pra mim. Infelizmente, não poderei passar pra frente… Mas é a vida…

Meu primeiro poema, nem sei se posso chama-lo assim, vai pra minha sobrinha e pra todas as filhas de todos os meus amigos, em especial pra dele mesmo, Rodrigo, que fez o desafio, é uma canção de Vinicius de Moraes que eu não conhecia, e conheci semana passada através de um amigo.

Valsa para uma menininha:

 

Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha, não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão

Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim
E você vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão

Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
E também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei

Simon e Garfunkel…

Ana estava se formando… Logicamente naquelas épocas, tinha já outras preocupações.

Eu de minha parte, tinha uma preocupação, dormir sempre no quarto dela, no colchão que colocava do lado da cama, pra adormecer com ela escutando “aquelas” músicas… Era uma fita cassete, que começava com “Terra” do Caetano, depois tinha uma overdose de Simon e Garfunkel, e acabava com alguma música do Sting.

Eu tinha mais ou menos a idade que Pepê tem hoje, e qual não foi minha surpresa ao descobrir que ela ia embora morar no Recife, na minha cabeça (até hoje), na casa de Tia Stela e Tio Louro. Eu tinha naquela época um tesouro de valor incalculável, eram cinco carrinhos do Snoopy:

Carrinhos do Snoopy

Eu dei um daqueles carrinhos a ela de presente, o amarelo do guincho.

E depois pedi o que pra mim era seu maior tesouro! =)
A fita com as músicas de dormir! Não, ela não me deu a dela, ao invés, compramos uma fita nova, e saímos, de casa em casa, buscando seus amigos, e gravamos uma fita nova, igual, pra mim. Foi essa mesma fita, que escutava sempre, quando papai ia me deixar ou buscar no colégio, o que acontecia com frequência, quando estudava no Redentorista, já anos mais tarde.

Então, também comecei a gravar fitas…

Eram os deuses astronautas?

Meus sobrinhos, quando eles eram mais legais!!! Tudo bem, tudo bem, ainda há Pepê e Clarinha, mas nunca mais alguém vai me acordar pulando em cima de mim, ou jogando pedras e batendo na porta pra jogar computador… Eles eram felizes e não sabiam…

Nos vídeos falta Thiago, o demente sempre chegava atrasado…

Manuela, a parte real da viagem.

Bom, apesar da viagem ter sido feita toda as pressas, e de todas as etapas terem sido meio assim, quase música, quase teatro, enfim…
Manuela foi a grata surpresa, bom, tenho uma sobrinhazinha nova, Clara. Que ainda não vi, e Manuela, que já cresce fazendo Laerte de bobo, veja só, Laerte já pensa que ela é alvi rubra… Treze Futebol Clube… Nem precisou chegar aos 15 anos pra ela começar a fazê-lo de gato e sapato, vê-se pela alegria dela, que afinal de contas ela torçe mesmo é pra Argentina, nota especial pro sorriso mais gostoso que ela deu desde que chegou aqui no mundo ao ver a camisa branca e azul bebê…

Manuela

Manuela

A verdade sobre os Casamentos.

Depois de alguns puxões de orelha, reclamações quase nativas(e muito atraso). Venho através deste post me retratar de meu romantismo e dizer a verdade sobre os casamentos, bom, na verdade, as pessoas se casam nessa época, pois tem férias (as férias de verão aqui são no meio do ano, e o ano letivo escolar começa em setembro, de forma que esse é o maior período de férias no ano e pode-se chamar os amigos para o casório), faz bom tempo, e tambem (mas acho que isso nem importa muito) porque alguns conseguem fazer uma manobra qualquer com o imposto de renda para pagar menos imposto casando-se nessa época.

Esse foi o ponto mais controverso do post anterior, afinal ninguem queria se casar no meio do ano por causa dos celtas, e talvez os celtas tambem tenham se casado pelo bom tempo, enfim… Acabando de vez com meu romantismo infantil, o povo se casa nessa época pra salvar alguma grana no meio do ano! =)

O solstício de verão, os casamentos e os dias mais longos.

O povo da Espanha não se casa. Bom, pelo menos essa geração de agora, Laerte, casado com Carmen, que tem mais um casal de amigos casados (aqui na Espanha), algo aconteceu desde a geração dos avós destes que aqui estão, que tinham muitos filhos, como no Brasil, os pais, que tiveram bem menos filhos, mas ainda mantinham a tradição de família, com pelo menos um ou dois filhos, como talvez seja no Brasil hoje (dados para classes sociais mais abastadas)… Porém, esses dois filhos, não se casaram, e, ao que parece, tambem não pretendem fazê-lo. Mesmo em unidades familiares anteriores, que seriam os pais esta geração, há episódios de casais sem filhos.

Lógico que, apesar disso, desde que cheguei aqui em Salamanca, com suas igrejas enormes e igrejas dentro de igrejas, esperava ver algumas festas de boda (como eles chamam a festa de casamento), estranhamente vi poucas, na verdade apenas uma, em todo tempo que estive aqui, a vi quando saia da biblioteca municipal (Casa das Conchas), na bela igreja que há na frente.

Estranhamente,  por esses dias, chegando o verão daqui e suas temperaturas de 40º, e com a proximidade do solstício de verão e seus dias estranhamente mais largos, com  anoitecer as dez ou mais da noite, vejo bodas quase todos os dias, nos mais variados locais da cidade, e por curiosidade acabei descobrindo que por tradições celtas, e/ou de quaisquer outros povos que por aqui estiveram, as bodas continuam acontecendo nas mesmas ocasiões que há tempos atrás.

O solstício de verão, marca por aqui o começo do verão, e que por mais que se fale, não se consegue passar a verdadeira dimensão da coisa, pra nós que estamos acostumados ao anoitecer de seis da tarde e ao amanhecer ás seis da manhã, é muito difícil falar sobre o anoitecer de dez ou onze horas da noite. E o começo do verão trazia a festa do calor celta, festa onde se acendiam fogueiras em pontos centrais ou importantes do vilarejo, ou da festividade, para proteger os cultivos que então cresciam. Entoando canções rituais, cheias de alegria, e dançando ao redor da fogueira. Uma festa eminentemente pagã, o nome da festa? Festa de Litha, Alba Heruim, ou como a igreja católica decidiu nomear, noite de São João, nem as datas se deram ao trabalho de mudar, são as mesmas aqui e ai, apesar do nosso verão ser em janeiro, e comemoramos a festa do verão, no INVERNO, hehehehehehe!!!!! Quando li, sabia que conhecia essas paradas de dançar em volta de fogueira cantando músicas de algum lugar… Comemoramos uma festa celta!!! hehehehehe

Os casamentos supersticiosos acontecem nessa data porque o casamento nos dias do sol, há de trazer saúde, alegria e abundância para os conjuges. Domingo, como dia do sol oficial, tambem está na lista, assim como a segunda (Lunes, dia da lua, pois quem se casa no dia da lua tem fertilidade e abundância tambem) e sexta (Viernes, dia de Venus, deusa da beleza e do amor, que trará carinho ao matrimônio). Pra ver que superstições há em todo canto, as daqui não são melhores, nem piores, são apenas diferentes. A piada mesmo, fica por conta de nós festejarmos uma festa celta na data errada e ainda chamarmos de “nossa” tradição e cultura… Tradicional a nossa festa se tornou, cultural, já não se pode discorrer muito sobre… Enfim, de nossa, não tem muita coisa.

De qualquer forma, viva o solstício de verão, e feliz São João pra todo mundo! =)

Nasceu!!!

Nasceu a primeira filha de Ricardo (meu irmão) e Márcia (minha cunhada), primeira neta de meus pais. Ontem dia 17 de maio de 2009. Dia em que se encerrou a 29ª feira do livro de Salamanca. No Brasil devem estar todos juntos no hospital babando a primeira filha / sobrinha / neta. Fiz este vídeo na feira, um teatro de bonequinhos bem legal que estava tendo, me lembrei dos meninos, bom, me lembrei de todos, mas seguramente só quem vai gostar do vídeo é Pêpê, e agora, Clara, se realmente Ricardo e Márcia já tiverem se decidido pelo nome.

Alguem ai tem idéia de como agradar uma sobrinha? Porque agora fiquei meio perdido na história do Brasil… =)